terça-feira, 17 de junho de 2025

Mortalidade de fauna selvagem por atropelamento automóvel no Alto Tâmega (Portugal)

Mortalidade de fauna selvagem por atropelamento automóvel no Alto Tâmega (Portugal)

Marco António Fachada1, Xosé Ramón Reigada1, 2

1 Grupo Ecologistas Galego-Transmontano,
2Associação Ecologistas Galiza - Atlântica e Verde

1. Introdução

As espécies de fauna selvagem têm estado, desde sempre, próximas dos meios urbanos, seja porque a expansão das vilas e cidades ocupa áreas agro-florestais e naturais, seja porque as próprias espécies procuram estes espaços para se alimentar ou têm necessidade de os atravessar para aceder a habitats mais propícios à sua sobrevivência.

A expansão urbana e das suas várias infraestruturas tem causado o crescimento dos atropelamentos de fauna selvagem, ainda que a informação existente seja relativamente escassa e pouco sistematizada. O real impacto é apenas parcialmente conhecido, nomeadamente pelo reconhecimento de que os gradientes urbano-rurais variam muito de região para região e de cidade para cidade, tendo nos últimos anos havido um esforço crescente para monitorizar tanto a biodiversidade urbana (Fachada & Bacelar-Nicolau, 2024; Rega-Broadsky et al., 2022), como o efeito dos atropelamentos sobre a fauna (Pedroso et al., 2021; Grilo et al., 2025).

A presença destas espécies é um fator positivo para a biodiversidade urbana e para a manutenção de um certo equilíbrio ecológico nos tecidos urbanos, pelo que a permanência de fauna selvagem nas cidades deve ser encarada com um elemento relevante do capital natural do território e, como tal, objeto de atenção nas opções urbanísticas. Aliás, desde finais do séc. XX que se tem efetuado um número crescente de estudos sobre a biodiversidade urbana, maioritariamente dedicados a espécies de plantas e aves. As áreas estudadas têm incidido em áreas naturais remanescentes no espaço urbano, parques e áreas residenciais, sendo que espaços como estradas e outras áreas artificializadas são pouco amostradas (Rega-Broadsky et al., 2022).

Uma das consequências da expansão urbana é certamente a morte da fauna selvagem, por atropelamento, por eletrocussão ou mesmo por afogamento em canais de rega e charcas. As estruturas lineares como as estradas são por vezes acompanhadas de outras estruturas como linhas elétricas, que além da descontinuidade causada nos ecossistemas, são condicionantes dos fluxos de dispersão e migração de espécies animais, que pela necessidade de as cruzar, acabam por correr riscos de atropelamento.

Em todas as regiões do Mundo, anualmente são mortos por atropelamento milhões de animais selvagens de todas as ordens taxonómicas (Grilo et al., 2025), de tal modo que existem mesmo guias para identificação de fauna atropelada (https://www2.gov.bc.ca/gov/content/transportation/transportation-infrastructure/engineering-standards-guidelines/environmental-management/wildlife-management/wildlife-roadkill-identification-guide) e plataformas para o registo destas ocorrências (https://lifelines.uevora.pt/index.php/plataforma-para-registo-de-animais-atropelados; https://www.gbif.org/dataset/d3b6cb30-0a64-4f82-91ea-0bb14637ee17; https://www.ibram.df.gov.br/images/Rodofauna/Diagn%C3%B3stico.pdf).

A redução destes impactos nas populações de espécies selvagens tem sido uma preocupação das sociedades, sobretudo nas décadas mais recentes, com implementação de medidas preventivas e mitigadoras de atropelamento e eletrocussão.

2. Objetivos

Com vista a conhecer melhor a dimensão destes fenómenos na região do vale do Tâmega, procurou-se nos anos de 2023 e 2024, registar os atropelamentos de fauna selvagem na sub-região do Alto Tâmega (Portugal).
A informação recolhida, além de identificar os locais mais críticos e de maior incidência de atropelamentos, permitirá estudar opções de correção de vias e de outras infraestruturas, para aumentar as oportunidades de travessia, em segurança, das espécies de fauna selvagem e assim reduzir o impacto da circulação automóvel na mortalidade destas populações, simultaneamente aumentando a segurança rodoviária para os cidadãos.

3. Metodologia

A metodologia, assente exclusivamente em voluntariado, tentou reunir um conjunto de cidadãos que diariamente percorrem (por motivos pessoais e profissionais), as principais estradas da região, sobretudo de acesso à cidade de Chaves, principal núcleo urbano da região. Aquando dessas deslocações e de forma voluntária, efetuaram o registo das espécies de mamíferos e aves atropeladas (local, data, espécie), permitindo assim obter pela primeira vez, um mapeamento e análise dos atropelamentos de espécies selvagens na sub-região do Alto Tâmega.

Além das vias urbanas e peri-urbanas da cidade de Chaves, foram monitorizados os troços da EN2 (Chaves-Pedras Salgadas), EN 213 (Chaves-Valpaços), R314 (Chaves- Carrazedo de Montenegro), M507 e M508/CM1352 (Chaves-Montalegre), EN 103 (Chaves-Tronco) e EN103-5 (Chaves-Vila Verde da Raia).

4. Resultados e Discussão

Os dados obtidos, para o total dos anos de 2023 e 2024, confirmaram 51 exemplares mortos por atropelamento, sendo 94% referentes a espécies de mamíferos e os restantes 6% a aves de rapina (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Espécies e número exemplares atropelados, detetados no período 2023-2024.

Das espécies identificadas, confirma-se a sua relação e dependência dos espaços agrícolas e florestais, caso do Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), do Texugo (Meles meles) (Imagem 1), da Geneta (Genetta genetta) ou do Esquilo (Sciurus vulgaris).

Imagem 1 – Texugo (Meles meles), morto por atropelamento na R314 (junho/2024).

Deve sublinhar-se a ocorrência de atropelamentos de Lontra (Lutra lutra) e de aves de rapina (Buteo buteo, Tyto alba (Imagem 2) e Actene noctua), registadas na veiga de Chaves, espaço agrícola e natural de grande importância regional, nomeadamente pela passagem do rio Tâmega e existência de uma zona húmida de lagoas seminaturais. Nesta área do concelho de Chaves, a principal via rodoviária tem uma tipologia retilínea pronunciada e acompanhada de estruturas lineares de redes elétricas e de comunicação, o que, como vários estudos apontam (Pedroso et al., 2021), costumam ser locais de presença de roedores e dos seus predadores, caraterizados por elevado número de atropelamentos de espécies de fauna selvagem.

Imagem 2 – Coruja-das-torres (Tyto alba), morta por atropelamento na EN103-5 (agosto/2023).

Estudos em outras regiões apontam que o maior número de atropelamentos incide sobre anfíbios, mamíferos e aves (Santos et al., 2011 in Pedroso et al., 2021). Das aves, destaca-se o elevado número de atropelamentos de aves de rapina noturnas e passeriformes, particularmente no período final de Primavera e Verão, quando as aves juvenis, ainda inexperientes, abandonam os ninhos.

Como se verifica no presente trabalho, a espécie mais representativa foi o Ouriço-cacheiro, atingindo 73% do total de animais atropelados. Este facto, pode estar relacionado com a sua relação próxima com meios agrícolas, que no caso da cidade de Chaves têm uma grande interligação com o território estritamente urbano (Fachada, 2024), bem como com as movimentações dos juvenis, na procura de novos espaços vitais para o seu estabelecimento territorial.

Efetivamente, na distribuição temporal da mortalidade Ouriço-cacheiro por atropelamento no ano 2023, parece ser evidente o ajustamento ao período reprodutor e hibernante da espécie, com grande preponderância de atropelamentos a partir de meados do Verão (meses de julho, agosto e setembro) (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Distribuição da mortalidade de Ouriço-cacheiro, por atropelamento, ano 2023.

Em termos espaciais (Imagem 3), como seria expectável, a maioria dos avistamentos ocorreu no espaço urbano e periurbano da cidade de Chaves, havendo também uma grande representatividade dos atropelamentos na EN 2, dada a sua importância como principal via rodoviária de acesso a Chaves e com a maior circulação automóvel a nível regional. Também merece referência o troço entre Chaves e Montalegre, com quase 12% dos atropelamentos verificados.

Imagem 3 – Distribuição espacial dos atropelamentos detetados, período 2023-2024.

Não podemos deixar de anotar que, mesmo não tendo sido alvo de registo dedicado para este trabalho, foi também observada a mortalidade por atropelamento de várias espécies de répteis e de anfíbios, grupos faunísticos genericamente ameaçados e sobre os quais há mesmo uma certa aversão por parte das populações. Ainda que de forma simplificada, podemos anotar a confirmação de mortalidade de espécies de répteis como a Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus) (Imagem 4), a Cobra-de-escada (Elaphe scalaris), a Cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora) e a Cobra-de-água-viperina (Natrix maura). Dos anfíbios, destacam-se o Sapo-comum (Bufo spinosus), o Sapo-corredor (Epidalea calamita) e a Salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra).

Imagem 4 - Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), morta por atropelamento na Avenida do Tâmega, Chaves (junho/2025).

Também tem sido confirmada a mortalidade por atropelamento de espécies de mamíferos não detetadas no período de registo em causa, nomeadamente a Lebre-ibérica (Lepus granatensis) (Imagem 5), o Visão-americano (Neogale vision) e o Sacarrabos (Herpestes ichneumon) (Imagem 6), este último em local na Galiza, muito próximo da fronteira com o concelho de Chaves.

Imagem 5 - Lebre-ibérica (Lepus granatensis), morta por atropelamento no CM1352 (maio/2025).

Imagem 6 - Sacarrabos (Herpestes ichneumon), morto por atropelamento na N-525 (fevereiro/2022).

5. Propostas de intervenção

Em Portugal e em Espanha há legislação que obriga à colocação de sinalética rodoviária, com vista a alertar os condutores para a possível presença de certos tipos de animais selvagens nas vias e assim reduzir a velocidade. Esta sinalização regulamentada é nomeadamente acerca de anfíbios e de certas espécies de mamíferos como o lince-ibérico, mas nunca será suficiente para evitar, em certas épocas do ano, níveis preocupantes de mortalidade por atropelamento.

Assim, a prevenção deverá incidir em medidas que evitem que os animais entrem nas estradas ou as cruzem com trajetos a baixa altura (no caso de aves e morcegos), incluindo:

• a construção de passagens subterrâneas ou superiores para a fauna selvagem,

• a instalação de redes e cercas (nomeadamente que conduzam os animais para as passagens dedicadas ou as obriguem a ganhar maior altura de voo),

• a construção de barreiras acústicas,

• a instalação de repelentes ultrassónicos, etc.

No caso das passagens subterrâneas, pode-se intervir em passagens e canalizações hidráulicas já existentes, sobretudo relativas às águas pluviais, melhorando as condições para facilitar a circulação de fauna (aumentar a sua dimensão, criar elevações que permitam o seu uso em períodos de alagamento, etc.).

Por outro lado, a ausência de monitorização continuada também contribui para uma certa indiferença das entidades competentes, quanto à necessidade de se criarem condições para que essas espécies evitem circular nas vias ou o possam fazer com menor risco de atropelamento. Assim, a monitorização deste fenómeno permite identificar locais carentes de intervenções, definir ações mais abrangentes para a conservação da biodiversidade e verificar se as intervenções realizadas em locais anteriormente selecionados estão a alcançar os objetivos previstos.

6. Conclusões

Os dados obtidos estavam à partida condicionados pelo baixo número de voluntários envolvidos nesta tarefa e pelas suas deslocações bem como por não se ter estabelecido nenhum procedimento padrão, como pudesse ter sido percorrer as vias selecionadas de forma previamente definida (horário, extensão, cronograma).

Ainda assim, assumindo-se que estamos perante resultados subestimados, a amostragem alcançada permite desde já identificar os troços urbanos e periurbanos da cidade e concelho de Chaves, onde claramente se observa uma maior concentração de atropelamentos de animais selvagens. Este mapeamento identifica locais concretos e permite estudar as formas de correção ou melhoria das vias, cuja execução reduza o risco destes atropelamentos no futuro.

A identificação das espécies afetadas, contribui para conhecer melhor, a nível regional, a distribuição potencial destas espécies, a sua relação com a ocupação do solo, i.e., com os habitats preferenciais aqui em causa e a diversidade biológica, especialmente no meio urbano de Chaves.

Adicionalmente, tratou-se de um importante exercício de ciência cidadã demonstrando que, mesmo com recursos ou meios logísticos muito limitados, é possível haver um maior envolvimento da sociedade, no estudo e conservação dos valores naturais de região. Esta iniciativa cívica pode, com certa facilidade, ser alargada a organizações públicas e privadas (escolas, autarquias, associações locais), aprofundando quer o conhecimento dos valores ambientais quer o sentimento de pertença e ligação ao meio rural e natural das pessoas envolvidas, aumentando o seu conhecimento técnico e científico em matérias habitualmente pouco dominadas pela maioria dos cidadãos. Deve também referir-se que, de acordo com Rega-Broadsky et al. (2022), as áreas de amostragem de maior dimensão são de estudos efetuados em iniciativas de ciência cidadã, o que reforça a oportunidade deste nosso estudo, o seu alinhamento com projetos e iniciativas internacionais e a relevância da sua continuação no terreno.

Agradecimentos

Aos voluntários que colaboraram com este trabalho: Elisabete Tomás, Cláudia Sousa, Filipe Leal, João Cláudio, Maria Barradas, Pedro Ceriz, Iván Orois Longarela, Uxía Piñeiro Moldes, Laura Mareque Liste e Álvaro Pérez Pérez.

Referências

Fachada, M.A. (2024). Conservação da Biodiversidade Urbana: Contributos para a cidade de Chaves. Dissertação de Mestrado em Cidadania Ambiental e Participação. Universidade Aberta. 109pp.

Fachada, M.A. & Bacelar-Nicolau, P. (2024). Avaliação e Conservação da Biodiversidade Urbana: Contributos para a cidade de Chaves. CAPTAR volume 13, artigo 7. https://doi.org/10.34624/captar.v13i0.36799

Grilo, C., Neves, T., Bates, J. et al. (2025) Global Roadkill Data: a dataset on terrestrial vertebrate mortality caused by collision with vehicles. Sci Data 12, 505. https://doi.org/10.1038/s41597-024-04207-x

Pedroso, N.M., Eufrázio, S., Salgueiro, P., Pinto, T. & Mira, A. (2021). Guião de Boas Práticas para Monitorização e Registo de Dados de Mortalidade de Fauna por Atropelamento. Projeto LIFE LINES. Universidade de Évora. ISBN: 978-972-778-204-8. 45 pp.

Rega-Brodsky, C.C., Aronson, M.F.J., Piana, M.R., Carpenter, E., Hahs, A.K., Herrera-Montes, A., Knapp, S., Kotze, D.J., Lepczyk, C.A., Moretti, M., Salisbury, A.B., Williams, N.S.G., Jung, K., Katti, M., MacGregor-Fors, I., MacIvor, J.S., La Sorte, F.A., Sheel, V., Threfall, C.G., Nilon, C.H. (2022). Urban biodiversity: State of the science and future directions. Urban Ecosystems 25: 1083-1096. https://doi.org/10.1007/s11252-022-01207-w


Chaves, 17 de junho de 2025

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Biodiversidade noturna da cidade de Chaves

 Biodiversidade noturna da cidade de Chaves



A biodiversidade das cidades tem várias dimensões, entre as quais a fauna noturna, tradicionalmente menos estudada e conhecida, nomeadamente pela população. Para colmatar essa circunstância, em linha com o City Nature Challenge 2025, realizou-se na cidade de Chaves uma atividade para aprofundar o conhecimento da fauna noturna urbana, promovida pelo Grupo Galego-Transmontano da associação Ecologistas Galiza Atlântica e Verde, com o apoio do canal de divulgação ambiental Alto Tâmega Selvagem (https://www.youtube.com/@altotamegaselvagem2769/videos) e do Projeto Lunária (https://www.facebook.com/profile.php?id=61575317553383), contando com a colaboração especializada dos peritos Paulo Barros (especialista em morcegos) e Ana Ferreira (especialista em borboletas).

 

O programa incluiu o registo da ocorrência de espécies de morcegos em 5 quadrículas (300 x 400 m) da malha urbana de Chaves, com recurso a seguidores/gravadores de ultrassons. Igualmente, durante o período noturno, foi feita a amostragem de morcegos (pelo método de captura e posterior libertação no próprio local), bem como amostragem de borboletas e de outros insetos noturnos.

 

Apesar das condições climatéricas terem sido um pouco desfavoráveis (vento moderado e por vezes intenso), conseguiu-se, ainda assim, o registo de 8 espécies de morcegos (cerca de 1/3 do total de espécies existentes em Portugal Continental [1]), das quais se destaca a Plecotus austriacus, dado o seu estatuto de conservação mais sensível, estando classificada no Livro Vermelho como Quase Ameaçado (NT) e que foi confirmada em 2 das quadrículas amostradas.

 

Igualmente meritória de nota, a ocorrência de Nyctalus leisleri, espécie arborícola, reforçando a importância dos espaços urbanos arborizados e das galerias ripícolas autóctones, para a conservação deste grupo de fauna selvagem. Também a Myotis daubentonii deve ser destacada, pois de acordo com o Atlas dos Morcegos de Portugal Continental [2] é uma espécie fortemente associada a habitats aquáticos, como lagos ou linhas de água, alimentando-se quase exclusivamente de insetos pousados ou a sobrevoar os planos de água, podendo também caçar em áreas florestadas e pomares.

 

Em colaboração com o Projeto Lunária, a amostragem de borboletas noturnas, confirmou a presença de 12 espécies, das quais 11 não estavam listadas para a zona na avaliação da biodiversidade urbana de Chaves, recentemente efetuada [3]. Destacamos as espécies Tethea ocularis, fortemente associada a bosques de folhosas e que atua como bioindicadora de ecossistemas preservados e Eudonia angustea que habita zonas húmidas e margens de cursos de água, como o rio Tâmega, dependendo especificamente de micro-habitat com musgos e líquenes, onde as suas larvas se desenvolvem.

 

Deste evento, participado por cerca de 25 pessoas (incluindo várias crianças em idade escolar), de Portugal e da Galiza, ficou evidente a importância do estudo e divulgação dos valores ambientais existentes em espaços urbanos e a intenção de replicar e alargar atividades de ciência cidadã nesta região.

 

Como resultado de cariz mais institucional, está já em curso, a possível inclusão da cidade de Chaves no roteiro mundial do City Nature Challenge 2026, num processo coordenado pelo Grupo Galego-Transmontano, da associação Ecologistas Galiza - Atlântica e Verde.


Referências:

[1] Barros, P. (2012). Contribución al conocimiento de la distribución de quirópteros en el norte y centro de Portugal. Barbastella 5 (1): 19-31. http://dx.doi.org/10.14709/BarbJ.5.1.2012.04

[2] ICNF (2024). Atlas de Morcegos. https://sig.icnf.pt/portal/apps/mapviewer/index.html?layers=0d26526ca5b049a3a6e8da783f32fb9

[3] Fachada, M.A. (2024). Conservação da Biodiversidade Urbana: Contributos para a cidade de Chaves. Dissertação de Mestrado em Cidadania Ambiental e Participação. Universidade Aberta. 109pp.


Vídeo da atividade:



Ver o vídeo na conta de Youtube de Alto Tâmega Selvagem:

https://youtu.be/sdcBgwPTgCk?si=lCiP2eUsLvxqRrWn


Fotografias da atividade:










Momentos prévios:

Colocação de detetores e gravadores de ultrassons de morcegos:






Colocaçao de métodos para captura científica de morcegos e borboletas noturnas:




Cartazes do evento:



Muitíssimo obrigado pelo interesse.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Uma rota pelo Parque Natural do Invernadoiro, 19 de março de 2025

Na quarta-feira 19 de março, o colectivo Ecologistas Galego-Transmontano, fizemos uma rota pelo Parque Natural Montes do Invernadoiro, em pleno Maciço Central Ourensão, com o privilégio de contarmos com as explicações de uma excelente guia do pessoal do parque.


Nuns prados ao início do parque vimos muitos narcisos, acha-se que podiam ser da espécie Narcissus bulbocodium mas não se parou a os identificar nem a os fotografar.

Nymphalis polychloros, estava no interior dumas instalações do parque, ainda estaria hibernando


Buracos feitos por peto-verdelho, Picus viridis 

Lavandeira-branca, Motacilla alba

Rabirruivo-preto, Phoenicurus ochruros

Outras espécies de aves detectadas mas não fotografadas neste troço foram as seguintes:

-Pimpim, tentilhão, Fringilla coelebs
-Estorninho-preto, Sturnus unicolor
-Merla, melro-preto, Turdus merula
-Corvelo, gralha-preta, Corvus corone
-Buxato, águia-de-assa-redonda, Buteo buteo
-Ferreiriño-real, chapim-real, Parus major
-Tordo-galego, Turdus philomelo
-Gaio, Garrulus glandarius
-Paporroibo, pisco-de-peito-ruivo, Erithacus rubecula

Ribeira Pequena

Antigo viveiro florestal

Levada de auga tradicional

Neste traxecto viu-se uma bubela, Upupa epos, não fotografada.

Pâo-e-queijo, Primula acaulis

Leitarega, Euphorbia amygdaloides


Gagea nevadensis


Larício, Laryx cf. decidua


Também se viram pegadas de veado, Cervus elaphus.

Um curioso penedo de seixo, quarcita, no meio do rio da Ribeira Pequena.

Pinheiro silvestre, Pinus sylvestris


Noiro húmido



Fento-pente, Blechnum spicant








Truitas, Salmo trutta




Leitarega, Euphorbia amygdaloides


Líquen Lobaria pulmonaria



Blechnum spicant


Piornos, Genista florida



Líquen barva-de-velho, Usnea sp.

Líquen do género Usnea

Líquen do género Usnea



Açafrão bravo, Crocus cf. carpetanus


Dente-de-cão, Erythronium dens-canis



Dente-de-cão, Erythronium dens-canis, com uma lagarta, eiruga (?)

Dente-de-cão, Erythronium dens-canis


A planta seca da esquerda é uma Digitalis purpurea do passado ano

Erva-de-namorar, Armeria sp.




Urze-molar, Erica cf. arborea








Azafrão-bravo, Crocus cf. carpetanus, forma (?) alba


Dexecto de mustelídeo (?)





Dente-de-cão, Erythronium dens-canis


Líquen barva-de-velho, Usnea sp.



Hepáticas (?)



Lobaria pulmonaria

Cavalos domésticos do Parque Natural

Um prazer, muitíssimo obrigados!